sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Coração de Garota - Um texto pra nós dois


Diferente de tudo o que eu escrevi até hoje, ninguém palpita sobre pra quem é essas palavras. Isso porque ninguém sabe da gente além de quem realmente interessa: Eu e você.
Não é como se eu visse futuro pra nós, porque desde o início eu soube que você não faz o tipo que gosta de um mesmo muito tempo.
Mas não posso deixar de escrever sobre nosso breve romance indefinido. Nosso lance de toda hora, de qualquer hora...

Quem diria, logo eu usando essa palavra: "Lance" . Me divirto lembrando do nosso primeiro encontro. Se é que posso chamar aquilo de um encontro. Foi mais algo pra "acaso". E naquele acaso eu fui logo despejando em você as coisas ruins que eu vivia no momento. Eu precisava conversar com alguém. E enquanto eu desabafava sobre meus problemas na faculdade e minhas decepções amorosas, tragédias, você me tirava do sério, rindo da minha cara, fazendo com que eu me sentisse uma tola. Me lembro de dar um tapinha leve no seu braço e te chamar de bobo. O mais alto elogio que posso dar a um cara. E você retribuiu  deslizando seus dedos pelo meu rosto e dizendo: "Pra que tanto drama minha menina? Não preocupa vai! A vida tem dessas coisas, você se recupera"
Eram as palavras mais confortantes que alguém poderia me dizer naquela hora. E naquele momento eu soube que ficaria mesmo bem.

Enquanto nos fartávamos com toda aquela comida nada saudável, você me fez rir como nunca com suas histórias absurdas. E foi se aproximando, se aproximando. Me deixou rendida.
Quando resolvemos fugir dali em caminho pra lugar nenhum, uma chuva nem tão intensa assim caia. E você você resolveu parar o carro por segurança. Mal sabia eu que era só mais uma artimanha pra você e seu jeito malandro me roubarem um beijo, dois, ou dezenas deles. E enquanto eu achava conforto encostada no seu peito, sentindo seus dedos escorregando pelos meus cabelos, vendo as gotas de chuva deslizando pela janela, eu soube que nossa história não seria uma dessas pra ser contada. Não é como se a gente quisesse ser um casal perfeito. Ou ser um casal. Nada de expectativas lançadas sobre nós ou demonstrações públicas de afeto. É só como se a gente quisesse ser feliz. E só.
Você é meu cúmplice, e eu sou sua menina. Até a hora de alguém ter que partir.
Coisa só pra dois.

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